Cadernos de Seguro

Entrevista

Com Rolf Steiner

Por Vera de Souza
Colaborou Mariana Santiago

Os dois anos de abertura do mercado de resseguros brasileiro continuam provocando mudanças e movimentações na estrutura das principais resseguradoras mundiais, que têm procurado estudar e se adequar ao novo ambiente e também estar mais próximo dele. A Swiss Re expandiu sua presença no Brasil no primeiro semestre de 2010 com o aumento da competência de seu escritório em São Paulo. O local agora concentra os negócios não só do Brasil mas também dos países da parte sul da América Latina ? Chile, Argentina, Uruguai e Paraguai. Para explicar o porquê dessa mudança e saber quais os planos da resseguradora para o Brasil, a Cadernos de Seguro conversou com o novo diretor regional para o Brasil e Cone Sul da Swiss Re, Rolf Steiner, que chegou ao país em março.


A Swiss Re alterou sua estrutura no Brasil. Por que houve essa mudança? Ela se dá a partir do momento da abertura do mercado brasileiro de resseguro?

ROLF STEINER - Antes da minha chegada, o escritório de São Paulo era responsável comercialmente apenas pelo Brasil. Ampliamos essa responsabilidade e temos também os clientes do Chile, da Argentina, do Uruguai e do Paraguai concentrados nesse local. Antes, o Cone Sul se reportava diretamente ao nosso escritório em Nova Iorque, onde fica nosso centro de operação para a América Latina. Temos ainda uma representação no México. Para nós é importante sempre encontrar uma solução ideal para estar perto dos clientes, para entender o mercado, sua necessidade, para estar fisicamente próximo, a fim de poder visitar e falar com eles. Mas, ao mesmo tempo, procuramos com isso ter acesso interno aos conhecimentos internacionais para levá-los ao mercado. Assim, analisamos qual a melhor solução, para garantir as duas coisas aos clientes. Percebemos que como o Cone Sul era a região mais afastada de Nova Iorque, encontramos em São Paulo uma ótima alternativa, ao utilizar nossa infraestrutura já existente no Brasil para atender aquela área. No Chile, por exemplo, onde temos negócios muito importantes, estamos a três horas e meia de distância, considerando o deslocamento por voo. Quando um cliente de lá quiser falar ou discutir algo importante, vamos de um dia para o outro vê-lo. Com essa mudança, o serviço ao cliente, que é importante para a Swiss Re, melhorou.


E essa mudança foi feita quando?

STEINER - Em 1º de março, com a minha chegada.


O número de funcionários cresceu com sua chegada?

STEINER - Não temos o número exato, mas o mais importante é dizer que temos as melhores pessoas e serviços para oferecer aos clientes. Com a minha chegada, precisamos de um profissional para a Comunicação, que já está conosco. Estamos pensando em criar um centro de subscrição para o ramo agro em São Paulo, a fim de atender toda a América Latina e, para isso, também vamos precisar de mais um profissional. Contamos com um atuário de vida e temos pessoal também no business suport para auxiliar o marketing e no back office. Acredito que possuímos 21 profissionais. Em razão de nosso crescimento nos negócios facultativos e no seguro direto estamos nos organizando para atender à subscrição para o mercado do Cone Sul e do Brasil localmente em São Paulo. Com isso, vamos precisar de mais um profissional. Por enquanto, não haverá escritório no Rio, já que a maioria dos clientes fica em São Paulo.


Como o senhor vê o mercado segurador brasileiro hoje?

STEINER - O mercado brasileiro é um dos mais interessantes e prospectivos para o seguro e o resseguro e também para a Swiss Re nos próximos anos. Acho que o nosso setor, neste momento, é bem capitalizado. Na Swiss Re nós nos encontramos numa situação em que temos capital suficiente para alocar os negócios. E, assim como os nossos competidores, estamos buscando as oportunidades de negócios para alocar o capital que temos. Nesse sentido, a América Latina em geral ? e particularmente o Brasil ? é uma das regiões do mundo onde mais se pode ter oportunidades futuras.

27/08/2010

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