Cadernos de Seguro

Artigo

O FUTURO É PROMISSOR

[B]Mas é preciso trabalhar[/B]


A indústria do seguro caminha rapidamente para ultrapassar o sistema bancário em termos de participação no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Será necessário um período de tempo não superior a 10 anos para que essa expectativa se concretize, num cenário econômico favorável e promissor.

Não é preciso ser pitonisa para chegar a essa conclusão. A verdade é que a atividade bancária já atingiu o seu limite, um teto, ou seja, o seu patamar. Mas o mercado de seguros, ao contrário, ainda tem muitos degraus a galgar pela frente.

É natural que seja assim no Brasil. É uma realidade comum no exterior, particularmente nos países desenvolvidos. E, a partir do momento em que estamos totalmente integrados ao modelo globalizado, não há como fugir do padrão.

É claro que o foco do mercado não pode estar direcionado para essa disputa com os bancos. Não faria sentido algum. Há muito mais em jogo. Até porque poucos setores da economia nacional apresentam tantos sinais de que podem crescer de forma acelerada e sustentada na próxima década quanto a atividade de seguros, resseguros e, também, a previdência aberta complementar.

Então, repisando, temos de estar bem preparados para esse novo cenário que se apresenta promissor, mas não imune a riscos.

O futuro será tanto mais auspicioso quanto mais formos capazes de aprofundar sinergias e investir na capacitação profissional, em ferramentas tecnológicas, no atendimento ao cliente e nas relações de mercado, pois o produto do futuro será único para cada consumidor, atendendo necessidades específicas. A linguagem precisará ser cada vez mais clara, simples e objetiva, atingindo a todas as camadas da população. E não terá espaço no mercado quem não oferecer atendimento rápido e eficaz.

Tais requisitos serão indispensáveis para seguradoras e vitais para corretores, categoria que passa por um processo de transição, amadurecimento e consolidação de uma imagem admirada e vista com cumplicidade pelo segurado.

Aliás, ouso afirmar que a designação ?corretor de seguros? não caberá mais para definir o novo profissional que está surgindo, com atribuições, responsabilidades e qualidades diversificadas. Talvez seja mais apropriado falar em um ?provedor de soluções?, um degrau acima também da nomenclatura ?consultor?.

Nesse contexto, comercializar apólices de seguros será apenas uma das suas inúmeras atividades profissionais, seja de pessoas naturais ou jurídicas. Muito provavelmente, sequer será a mais rentável da sua ampla carteira de negócios.

São inúmeros os fatores que alimentam uma visão otimista, a começar pela recuperação do poder de compra da população brasileira. O país cresceu do ponto de vista econômico e social e conquistou a estabilidade da moeda, condição indispensável para o desejado progresso. A distribuição mais justa de renda permitiu que milhões de famílias subissem um degrau na escala social. A nova classe média mudou a figura que simboliza a sociedade brasileira. A nossa ?pirâmide? virou um ?barril?.

São mais de 100 milhões de pessoas que passaram a ter poder de compra suficiente para adquirir bens e que, agora, precisam da garantia do seguro para não perder esse patrimônio conquistado com tanto esforço. Isso sem contar a demanda por apólices que assegurem a tranquilidade da família no futuro, tais como os seguros de vida e saúde e os planos de previdência complementar aberta.

Essa necessidade será cada vez mais perene, pois novas famílias passarão a integrar essa robusta classe média e logo chegarão ao mercado consumidor os seus filhos, netos e assim sucessivamente.

Hoje, quando a estabilidade da nossa moeda está muito próxima de completar a ?maioridade? ? o que ocorrerá em julho de 2012, no 18º aniversário do Plano Real ?, a indústria do seguro já contribui com algo bem próximo dos 4% da riqueza nacional.

Essa tendência será mantida e fortalecida nos próximos anos.
Estimo que em 2017 a fatia do seguro no PIB já esteja em torno dos 6%, sem contar o ramo saúde, modalidade que está sob a alçada da Agência

07/06/2011 03h53

Por Armando Vergilio dos Santos Jr.

Deputado federal e presidente da Federação Nacional dos Corretores de Seguros Privados e de Resseguros, de Capitalização, de Previdência Privada, das Empresas Corretoras de Seguros e de Resseguros (Fenacor).

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