Cadernos de Seguro

Artigo

CONHECIMENTO E PATRIMÔNIO

[B]Onde estão os maiores ativos das empresas na nova era?[/B]

O mercado segurador estaria engatinhando, em termos de gestão do conhecimento, no processo de mudança da atualidade? O que tecnologia, conhecimento e valores têm a ver com seguro e risco?

Tecnologia, informação, conhecimento e dado têm sido vistos pelo senso comum, não raras vezes, como se guardassem pouca diferença entre si. Contudo, é importante entendermos a distinção entre tais elementos e com isso nos capacitar a perceber com mais clareza o maior patrimônio de uma organização na atualidade: o conhecimento. Tal entendimento também resultará na destruição de mitos e crenças que podem nos levar à falsa crença de que tudo caminha naturalmente para o bem-estar comum, ou para o que se define por alguns teóricos como uma sociedade de valor.

Há veiculação de propaganda, por algumas organizações, apregoando a posse de alta tecnologia como seu principal ativo. Não obstante, ao usarmos os serviços dessas empresas vemos que há uma grande diferença entre a propaganda e a realidade. Por outro lado, há outras que dispõem de tecnologia ?defasada?, às vezes em mais de dez anos, mas altamente competitivas... Onde estaria o segredo?

[B]De sociedade industrial à do conhecimento: o que mudou?[/B]

As organizações estão no centro do processo de mudança da sociedade, sendo influenciadas e a influenciando ao mesmo tempo. De uma certa forma, em termos de evolução do saber humano, falar de evolução das organizações é o mesmo que falar da evolução da própria sociedade.

Nossa sociedade evoluiu de um conhecimento primitivo para um elevado nível de tecnologia e inteligência. Ouvíamos até recentemente o termo ?sociedade industrial? e percebíamos isso como moderno. Contudo, atualmente, já se designa a sociedade da era em que vivemos como uma ?sociedade do conhecimento?, haja vista que há algo que a diferencia das anteriores.

Thomas Stewart, um dos primeiros a tratar do tema Capital Intelectual na década de 1990, definiu o início de 1991 como início da era informacional ou do conhecimento. Isso porque ele percebeu que, nessa data, as organizações passaram a gastar mais com equipamentos que coletam, processam, analisam e disseminam informações do que com os equipamentos mais presentes na era industrial, tais como aqueles voltados para produção, incluindo-se aí as máquinas.

Não obstante, tendemos a crer que, embora tudo à nossa volta tenda a evoluir, não temos controle algum sobre esse processo de mudança.

Nada mais enganoso. Toda essa mudança se processa a todo o momento e passa por nós, isto é, todos somos agentes desse processo, influenciando ativamente a sua direção. Ao debatermos, por exemplo, a questão das pesquisas com células-tronco estamos influenciando todo o caminhar da humanidade daqui para frente e quais países serão a vanguarda nessa área.

As organizações, e entre essas, as que fazem parte do mercado segurador, são parte ativa desse processo de mudança, pois ao buscar vantagem competitiva criam, recriam e remodelam ideias e processos e, em última instância, o próprio ser humano.

Dessa forma, vale a pena ?mergulhar? nesse vasto oceano que é o conhecer humano e perceber mais claramente cada parte, cada contexto e como participamos desse processo.

[B]Tecnologia, conhecimento, informação e dados: o que realmente significam?[/B]

Há muita confusão na compreensão que temos desses termos.

O material que serve de ponto de partida para a geração do conhecimento é diferente daquele que empregamos para gerar informação.

Os dados podem ser entendidos como a base sobre a qual se assenta a informação, que, por sua vez, é uma das bases da construção do conhecimento. Ou seja, não se constrói informação sem dados, e o conhecimento, por sua vez, necessitará de informações para ser constituído. Convém ressaltar que conhecimento também é gerado por outro conhecimento e o mesmo se pode dizer em relação às informações.

Entretanto, o conhecimento tem uma característica sine qua non: necessita do elemento humano para ser transmitido, ou seja, não se t

07/12/2010 03h17

Por René Hernande V. Lopes

Atuário

Cadernos de Seguro - Uma Publicação da ENS © 2004 - 2024. Todos os direitos reservados.


DATA PROTECTION OFFICER RESPONSÁVEL

Luiz Mattua - ens.lgpd@ens.edu.br
Rua Senador Dantas, 74, Centro - Rio de Janeiro / RJ
Somente assuntos relacionados a Lei Geral de Prote¸ão de Dados (LGPD)
 

Ao navegar em nosso site, vocę reconhece que leu e compreendeu nossa Política de Privacidade.