Cadernos de Seguro

Artigo

PARA ONDE VAI O SEGURO?

[I][B]Globalização cada vez mais rápida dos meios de informação exigirá modificações estruturais no mercado[/B][/I]

Acredito que com a globalização cada vez maior dos meios de informação, Internet, e-commerce, redes sociais, o mercado de seguros sofrerá modificações estruturais, pois terá de se adaptar rapidamente para suportar tais mudanças. Nós vamos ter de ser rápidos na resposta de análise de riscos que não temos experiência como meio ambiente e agricultura, catástrofes climáticas, entre outras.
O mercado de seguros parece-me que ainda não acordou para as questões ambientais que a todo momento estampam as páginas dos noticiários, ou seja, são furacões, tornados, tsunamis, geleiras se derretendo cada dia mais e aumentando o volume de água nos oceanos, e secas intermináveis, que irão elevar sobremaneira o custo dos seguros em suas diversas áreas. É necessário que comecemos a estudar estes problemas com maior afinco.

O Bancassurance é uma tendência dos países industrializados e de economia forte. O mercado brasileiro pode ter reação de uma parte do setor, mas as áreas bancárias certamente terão papel preponderante e deverão influenciar positivamente, pois os próprios corretores hoje já brigam por um espaço na comercialização via banco.

O espaço para crescimento, acredito eu, começa pela área de pessoas envolvendo seguros de vida, acidentes pessoais e a própria saúde. A ineficácia do Estado tem ajudado bastante a área de seguro saúde, apesar dos problemas que surgiram principalmente nos riscos individuais. O mercado de seguro de pessoas é que tem grande tendência a ampliar-se, vez que, com o término da inflação e com a consequente estabilização da moeda, é possível programar-se mais, visando manter um seguro que irá ser um formador de poupança de longo prazo. A área de capitalização, também um produto que forma, de alguma maneira, uma poupança de longo prazo, deve ter um crescimento maior. Se os governos municipal, estadual e federal seguirem à risca as leis que existem, o seguro de garantia nas construções, de um modo geral, deverão ter um papel crescente nesta área. É necessário melhorar os custos para o seguro de automóvel, principalmente para os veículos com mais de 05/10 anos, pois este deve ser o grande nicho a ser explorado.Na área de responsabilidade civil devemos começar a ter um crescimento nos seguros de D & O para executivos, e também para as corretoras jurídicas.

Eu tenho pregado a necessidade de falarmos e escrevermos mais para os consumidores. Temos de mostrar o que é, como funciona o mercado de seguros. As ouvidorias vieram em boa hora para ajudar a solucionar conflitos, principalmente na área de sinistros, mas isto não basta. Também é necessário que exista um pleno entrosamento entre os participantes da cadeia produtiva, ou seja, seguradora, corretor e segurado. Os corretores terão de se especializar, ser verdadeiros consultores para seus segurados e não mero preenchedores de proposta. Os agentes que hoje trabalham muito no mercado americano e em algumas companhias estrangeiras são altamente treinados e têm plena capacidade de vender bem um seguro mostrando todos os riscos, os problemas e as soluções, eles estão muito voltados para a área de seguro de vida individual. Por isso, é necessária uma reciclagem geral dos corretores.

Eu entendo que a Escola Nacional de Seguros terá forçosamente um papel fundamental na melhoria dos quadros de funcionários do mercado. Seja por meio dos cursos que são ministrados durante todo o ano, palestras, seminários e pelo próprio ensino de nível superior. Tudo isso mostra que a Escola é o meio mais claro e objetivo de se aprender ?seguro?.

Eu já disse que com a globalização, com as mudanças radicais que ocorrem no mundo da informática, com todas as tecnologias que chegam em diversos campos de nossa vida, o consumidor de seguros tende a ser cada dia um indivíduo mais informado. Com o próprio advento do Código de Defesa do Consumidor esta relação já mudou. A velocidade da informação pela web e a grande quantidade de ensinamentos torna o segurado um cons

25/02/2011 11h11

Por Lucio Marques

Relações Institucionais da Sabemi Seguradora. Acadêmico da ANSP-Academia Nacional de Seguros e Previdência. Vice-Presidente do Sindicato das seguradoras do RJ/ES.

Cadernos de Seguro - Uma Publicação da ENS © 2004 - 2024. Todos os direitos reservados.


DATA PROTECTION OFFICER RESPONSÁVEL

Luiz Mattua - ens.lgpd@ens.edu.br
Rua Senador Dantas, 74, Centro - Rio de Janeiro / RJ
Somente assuntos relacionados a Lei Geral de Prote¸ão de Dados (LGPD)
 

Ao navegar em nosso site, vocę reconhece que leu e compreendeu nossa Política de Privacidade.